Porque as nossas memórias são importantes...
As causas da Doença de Alzheimer não são ainda conhecidas. No entanto, pensa-se que esta resulta de certas mudanças nas terminações nervosas e nas células cerebrais que interferem nas funções cognitivas como a acumulação de depósitos anormais das chamadas placas senis. Estas placas são constituídas por proteínas de nome beta-amilóide. Os depósitos posicionam-se entre os neurónios impedindo a passagem da mensagem nervosa.
Outro dos aspectos que pode estar na origem do Alzheimer são emaranhados neurofibrilares. Estes são formados por uma outra proteína, chamada tau, que ao formar esses emaranhados, rompe e bloqueia a passagem de nutrientes e suplementos que são essenciais para o bom funcionamento das células cerebrais, que acabam por degenerar.
Ainda não se sabe o que causa o Alzheimer, nem os possíveis emaranhados e depósitos de placas senis que se pensa provocarem a doença. No entanto, é aceite pela comunidade científica que esta é uma doença geneticamente determinada, embora não seja necessariamente hereditária. Ou seja, não implica que se transmita entre familiares, nomeadamente de pais para filhos.
Apesar de não se saber as causas da doença, há alguns factores de risco que podem contribuir para que se fique com Alzheimer. São exemplos:
Estudos efectuados têm sugerido que a doença de Alzheimer afecta mais as mulheres do que os homens. Isto deve-se ao facto de as mulheres, enquanto grupo, viverem mais tempo do que os homens. Ou seja, se os homens vivessem tanto tempo como as mulheres, o número afectado pela doença de Alzheimer seria sensivelmente igual para ambos os sexos.
O maior factor de risco para a doença de Alzheimer é a idade. A probabilidade de desenvolver a doença de Alzheimer duplica a cada 5,5 anos entre os 65-85 anos de idade. Considerando que apenas 1% a 2% dos indivíduos de 70 anos de idade tem a doença de Alzheimer, em alguns estudos, cerca de 40% dos indivíduos de 85 anos de idade tem a doença.
Para um número extremamente limitado de famílias, a doença de Alzheimer é uma disfunção genética. Os membros dessas famílias herdam de um dos pais a parte do DNA que provoca a doença. Em média, metade das crianças de um pai afectado vai desenvolver a doença. Para os membros dessas famílias que desenvolvem a doença, a idade de incidência costuma ser relativamente baixa, normalmente entre os 35 e os 60. A incidência é razoavelmente constante dentro da família.
Tem sido referido que uma pessoa que tenha sofrido um traumatismo craniano severo corre o risco de desenvolver doença de Alzheimer. O risco torna-se maior se, na altura da lesão, a pessoa tiver mais de 50 anos, se tiver um gene específico e tiver perdido os sentidos logo após o acidente.
Muitos dos estudos efectuados, têm demonstrado que pessoas com educação formal limitada, geralmente menos de oito anos, têm um risco maior de vir a ter a Alzheimer