História do Alzheimer

Alois Alzheimer (1864-1915) foi um psiquiatra e neuropatologista alemão que viveu entre a segunda metade do século XIX e o inicío do século XX. Iniciou a sua carreira no ramo da psiquiatria em 1888 em Frankfurt, na Alemanha, onde, juntamente com o neurologista Franz Nissl, se dedicou à neuropatologia.

Os dois desenvolveram variadas e extensas pesquisas sobre a anatomia do sistema nervoso, principalmente do córtex cerebral.

Em 1902, Emil Kraepelin convidou Alzheimer para trabalhar juntamente com ele na clínica de psiquiatria da Universidade de Heildelberg, tendo, no ano seguinte, continuado a sua pesquisa na Universidade de Munique.

Anos mais tarde, tornou-se director do laboratório de anatomia patológica da clínica da Universidade de Munique, alcançando renome internacional e atraindo a presença de vários pesquisadores internacionais.

Durante os seus anos em Munique descobriu e descreveu pela primeira vez a doença de Alzheimer. Em 1907 o psiquiatra e neurologista alemão publicou um artigo com o nome “A characteristic serious disease of the brain cortex” onde apresentava os seus achados anatomopatológicos e clínicos relacionados com um caso muito peculiar.

Este caso era referente a uma das suas pacientes: Auguste D.. Esta, a partir dos 51 anos, começou a demonstrar sintomas delirantes como ciúmes intensos em relação ao marido, desorientação no tempo e no espaço, problemas de linguagem e perda de memória. Estes sintomas continuaram a agravar-se progressivamente o que levou à morte da paciente, passados 4 anos e meio, que se encontrava em fase avançada de demência.

De modo a descobrir as causas da doença de Auguste D., Alzheimer submeteu então a paciente a um exame anatomopatológico. Através deste exame Alois Alzheimer observou lesões neurofilamentares no interior dos neurónios e uma grande acumulação de placas senis nos espaços extracelulares.

Passados cinco anos E. Kraepelin, um professor de psiquiatria alemão de renome, fez menção pela primeira vez à “doença descrita por Alzheimer” e, a partir dessa altura o nome “Doença de Alzheimer” passou a ser utilizado para designar casos de demência com características clínicas e neuropatológicas semelhantes às de Auguste D. que ocorrem na faixa etária pré-senil.

Alzheimer faleceu aos 51 anos devido à endocardite bacteriana e insuficiência cardíaca.